Covid-19 | O que sabemos até agora e o que está por vir?

artigo da Dra. Simone Melnick e do Dr. Jairo Waitman para a Revista Cobertura.

Mais de um ano após a pandemia ter sido declarada, em março de 2020, foram conduzidos mais de 150 mil estudos sobre a Covid-19. Ao longo desse período, muitos aprendizados foram obtidos tais como testes diagnósticos que foram aperfeiçoados, prevenção através de vacinas desenvolvidas em tempo recorde graças ao sequenciamento genético do vírus e ao entendimento do seu ciclo biológico, e um melhor manejo dos doentes graves tanto em UTI como no período pós hospitalar.

É neste cenário de intensa transformação que a área de Subscrição construiu seu conhecimento de forma hábil, com o intuito de garantir a melhor análise de risco desde a introdução de perguntas assertivas e inteligentes em todas as plataformas de subscrição até a mais precisa interpretação das informações de acordo com a evolução da pandemia e da ciência. Como propiciar mais inclusão em momentos tão sensíveis e evitar antisseleção e fraudes? 

Segundos dados de várias entidades americanas, aumentou consideravelmente o número de jovens adultos contratando seguros de vida (5%), como também o valor de cobertura de pessoas acima de 60 anos (>10% do valor). Novas tecnologias estão sendo aplicadas pelas seguradoras como reconhecimento facial, modelos preditivos, dados de crédito entre outros dados públicos para manter a roda girando.

Mas a ciência procura algumas respostas tais como o momento ideal para testarmos a imunidade individual ou como esclarecer a duração da imunidade proporcionada pelas diferentes vacinas.

A porcentagem da população vacinada considerada ideal para atingirmos imunidade coletiva também é alvo de discussão, sobretudo em decorrência do rápido aparecimento de variantes. Já se fala na necessidade de que pelo menos 90% da população esteja vacinada, além da manutenção de medidas para redução da circulação do vírus.

Outra questão muito relevante é a chamada Long COVID, que diz respeito às sequelas tardias da doença. Dentre elas, as principais são: fadiga, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, sequelas respiratórias, neurológicas, vasculares e psiquiátricas. Um estudo conduzido pela equipe do Hospital Moinho de Vento em Porto Alegre (RS) envolvendo 55 centros de pesquisa mostra dados preliminares em que a re-hospitalização após 6 meses da alta está em torno de 16% e é considerada significativa. Pessoas que necessitaram de intubação são as mais acometidas, mas também podem ocorrer em casos leves e até assintomáticos. A reabilitação e a reintegração ao trabalho tornaram-se um grande desafio, não somente para as pessoas que manifestaram sequelas, mas para seus familiares e para os sistemas de saúde e previdenciário. Neste contexto, coberturas como Diária de Invalidez Temporária (DIT) e Diária de Internação Hospitalar (DIH) assumiram papéis relevantes assim como a oferta de serviços de telemedicina pelos seguros de vida tornaram-se essenciais neste momento.

Diante de tantas dúvidas e tristezas que esta doença ainda nos impõe, existe a certeza de que o trabalho em conjunto, que inclui atuários, subscritores e tecnologia, contribui para amenizar o desconforto e a insegurança de um número crescente da população, ao proporcionar meios de aquisição de um seguro de vida.

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